O comércio eletrónico na Europa está a prosperar. As vendas online atingiram os 393 mil milhões de dólares em 2020, disparando as receitas dos comércios digitais em todo o continente. E com a previsão de que as vendas online vão ultrapassar o meio bilião de dólares até 2025, há inúmeras oportunidades para os retalhistas inovarem e impulsionarem mais crescimento.
Neste momento tão importante, o novo relatório exclusivo da Checkout.com mergulha profundamente nas tendências do retalho em toda a Europa. Entrevistámos 10 000 consumidores de 16 países europeus e 550 executivos seniores em grandes empresas de comércio eletrónico para descobrir perspetivas e insights únicos que ajudem os retalhistas a ativar todo este potencial de crescimento.
Eis algumas das principais conclusões do relatório.
Em 2020, a Europa registou um dos maiores crescimentos no comércio eletrónico. E não foi apenas em mercados estabelecidos. Países como Grécia, Portugal, Irlanda e Polónia viram um rápido aumento na adoção de comércio eletrónico por parte dos consumidores, abrindo caminho a novos mercados de comércio eletrónico em todo o continente.
No entanto, nem todos os retalhistas estavam preparados para aproveitar esta oportunidade. O nosso estudo descobriu que 43% disseram que não estavam preparados quando novos mercados na Europa queriam comprar os seus bens, porque não tinham os meios de pagamento necessários para captar essa procura e receitas.
Isto é relevante porque 60% dos consumidores dizem que vão abandonar o carrinho se não puderem pagar com o meio de pagamento que preferem. Por outras palavras, vender online aos consumidores europeus sem aceitar o meio de pagamento que preferem é literalmente um desperdício de oportunidades para aumentar receitas.
Metade dos retalhistas que entrevistámos está a dar resposta a este desafio, expandindo a sua oferta de meios de pagamento alternativos. No entanto, há ainda muito trabalho pela frente, com 68% a dizerem-nos que não oferecem meios de pagamento locais em todos os países onde operam. Nos próximos 12 meses será fundamental colmatar esta lacuna.
Embora os pagamentos online em toda a Europa sejam predominantemente feitos com cartão, os consumidores começam a experimentar novas formas de pagamento. Trinta por cento dos consumidores dizem-nos que, após as suas experiências com os pagamentos digitais em 2020, procuram agora de forma ativa experimentar novos meios de pagamento. Isto cria uma excelente oportunidade para os retalhistas mostrarem que compreendem os seus clientes, permitindo-lhes utilizar estes meios de pagamento.
O Buy Now, Pay Later (BNPL) é um bom exemplo disto. Nos últimos 12 meses, este meio de pagamento atraiu muito interesse por parte dos consumidores, com 23% a dizerem que o usaram pelo menos uma vez. Isto inclui muitos consumidores com idades compreendidas entre os 45 e os 74 anos — um segmento demográfico que normalmente não é considerado o público-alvo para este meio de pagamento.
E o melhor de tudo é que o BNPL demonstra ser uma ferramenta eficaz para fazer com que os consumidores comprem mais. Os nossos dados mostram que os consumidores que usam o BNPL tendem a comprar entre 50% a 200% mais itens por transação do que quando utilizam outras formas de pagamento. Tendo em conta estes números, os 62% de comerciantes que ainda não estão preparados para oferecer BNPL terão de mudar de rumo rapidamente ou correr o risco de ficar para trás.
As criptomoedas são outra tendência que está a ganhar impulso. E enquanto apenas 5% dos compradores online dizem que as usaram para fazer uma compra nos últimos 12 meses, 29% tencionam fazê-lo durante o próximo ano. Não admira, então, que as criptomoedas sejam cada vez mais relevantes no mundo dos pagamentos. Pouco menos de metade dos executivos do comércio eletrónico dizem que aceitar pagamentos com criptomoedas se tornará numa importante ferramenta de marketing. E 42% consideram que fazê-lo é uma forma inteligente de melhorar a rapidez e segurança dos pagamentos.
Os retalhistas digitais não podem ficar de braços cruzados na luta pela supremacia do comércio eletrónico. E embora seja essencial uma oferta de pagamentos personalizada a cada mercado e com os principais meios de pagamento disponíveis, é provável que muito em breve já seja lugar-comum.
O que se avizinha para o comércio? Segundo os consumidores que entrevistámos, trata-se de obter uma experiência personalizada do princípio ao fim.
Os nossos dados revelam que 74% querem receber conteúdos mais personalizados e individualizados nas compras online. Paralelamente, 71% gostariam de aceder a produtos mais personalizados que possam ajudar a criar.
A recompensa para quem faz isto bem é enorme. Um estudo da Accenture estima que a personalização digital no comércio eletrónico poderia impulsionar 2,9 biliões de dólares nos próximos dez anos. Isto está a levar alguns retalhistas a afastarem-se dos esquemas de fidelização e a adotarem táticas de personalização e respetivos dados.
No entanto, com apenas 22% dos negócios europeus a dizerem que estão a investir fortemente na personalização, estes arriscam-se a ser ultrapassados por marcas dos EUA que já estão a fazer da personalização uma prioridade máxima.
O panorama do retalho europeu mudou radicalmente no último ano. E prevê-se que esta mudança continue: 97% dos CEO de comércio eletrónico dizem precisar de modelos de negócio inovadores para se manterem relevantes, rentáveis e resilientes nos próximos 18 meses. E mais de metade diz que os pagamentos digitais serão o catalisador dessa mudança.
Tal pode representar o desenvolvimento de ofertas de subscrição: mais de metade dos consumidores dizem que subscreveriam a receber bens regularmente das suas marcas favoritas. Atualmente, apenas 21% dos retalhistas online oferecem opções de subscrição mensais ou semanais, mostrando que há muito espaço para inovação e crescimento nesta área.
Também descobrimos que os consumidores querem cada vez mais fazer compras nas redes sociais onde passam a maior parte do seu tempo. Esta tendência é especialmente predominante entre a Geração Z e Millenials, onde 63% dizem esperar fazer compras com mais frequência nas redes sociais. No entanto, em resposta, apenas 26% dos comerciantes de e-commerce dizem que vão usar cada vez mais as redes sociais como canais de vendas diretos.
E o futuro do comércio físico? Constatámos que 39% dos consumidores não estão dispostos a abandonar totalmente o comércio físico e gostavam de continuar a ter a possibilidade de fazer compras numa loja. Por isso, as experiências de compras híbridas podem ser o caminho para os retalhistas, já que 68% dos consumidores dizem que gostariam de visitar um showroom para conhecer representantes da marca e experimentar produtos antes de comprar online.
Sejam quais forem as tendências e previsões a que os retalhistas de comércio eletrónico na Europa decidirem dar atenção, uma coisa é certa: os pagamentos vão ser um catalisador para impulsionar mais receitas e dar aos clientes as experiências que desejam. Para saber mais, faça download do nosso relatório e obtenha as informações necessárias para aceder a todas as oportunidades de crescimento e sucesso.